terça-feira, 31 de maio de 2011

Don't dream it's over

Já li, no meu intenso envolvimento com blogs de intercâmbio enquanto preparava a viagem (envolvimento que acabou não sendo tão grande quanto com o meu, mais uma vez peço desculpas), diversas definições do que é voltar de uma viagem dessa, mas a que mais me identifiquei foi essa aqui, do Complexo Bradshaw, blog de uma publicitária que também passou um período na Austrália e cujo estilo de escrita eu admiro imensamente. No post, lindamente intitulado "Foi", ela disse que "voltar é como acordar" e eu simplesmente não enxergo forma mais verdadeira de descrever esse retorno.

Primeiro que não tem como falar de uma viagem dessas sem usar o termo "sonho", dane-se o quão clichê soe. Sonhar definiu a experiência em todos os sentidos - na realização de alguns sonhos, na redefinição de outros, nas pessoas que apareceram no caminho e que, ainda que aparentemente rostos estranhos, pareciam ter te acompanhado a vida inteira (exatamente como algumas pessoas que encontramos em sonhos). Até mesmo nos piores momentos, em que parecia pesadelo.

E como em sonhos, as memórias que ficam não são exatas, fatos reais se misturam com coisas que a gente gostaria que tivessem acontecido, pedaços importantes somem da nossa cabeça sem qualquer explicação lógica ou estruturação linear, e às vezes parece que de repente você some de um lugar e aparece em outro, sem dar muita importância ao caminho que você tomou pra chegar ali. Outras vezes, o caminho é mais importante que o ponto A ou o B.

Infelizmente, sonhos tem também uma característica cruel: você pode passar o dia tentando explicá-lo, narrá-lo, interpretá-lo com as outras pessoas, mas ele jamais vai parecer tão importante para os outros quanto para você, não importa o quão intrigante, fascinante, urgente. Só mesmo você vai saber o tanto de sentimentos podem ser evocados por essas memórias desconexas, essa linha temporal que vai e volta, misturando pontos e caminhos, caminhos e pontos. Isso é, você e aqueles rostos estranhos que, por artifício do sonho, parecem tê-lo acompanhado a vida inteira.

Para esses que viveram o sonho comigo (embora eu saiba que o sonho de cada um foi diferente), para os que o acompanharam de forma fragmentada pelo blog e até mesmo para os que se entediam a cada vez que ouvem alguém contar um sonho, eu deixo os meus agradecimentos pela companhia e um grande "até logo". Me coloco à disposição pra tirar qualquer dúvida que possa sobre a Austrália, sobre sonhos ou qualquer outro assunto da nossa realidade acordada, pelo Twitter ou Facebook (onde tem inclusive muito mais fotos da Austrália do que postei aqui). O blog se encerra, mas eu continuo sonhando.


segunda-feira, 28 de março de 2011

The Goodbye Girl

As amizades na Austrália, por mais amplas e flexíveis que sejam, se pré-estabelecem com duplas. Verdadeiros "casamentos" surgiram aqui, nenhum no sentido carnal da coisa, mas todos envolvendo o princípio básico de qualquer casamento: morar junto, dividir contas e tarefas, se amar, se odiar, conhecer o melhor e o pior do cônjuge. Dessa forma, acompanhamos os períodos de lua-de-mel, as crises pontuadas e as reconciliações de duplas como Clarice e Fernanda, Leo Lima e Rose, Rafa e Rapha, Renata e Carol, entre outros... A minha dupla, minha "esposa" não é surpresa pra ninguém que visita esse blog. Josi, manauara que mergulha nas águas do Rio Negro depois da balada, foi a minha cara-metade em Sydney, e eu não poderia ter pedido por ninguém melhor.

domingo, 27 de março de 2011

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei...


E eu divagava sobre a relatividade do tempo ao completar um mês de Austrália. Agora falta menos de um mês pra voltar e o tempo pra divagar sobre o tempo fica cada vez mais escasso. Preciso aproveitar o máximo possível, mesmo que o tempo (nesse caso, no sentido de clima mesmo) fechado não ajude e as saudades do Brasil já comecem a embaralhar minha cabeça.

Como sempre, a minha vontade é de falar muito e a minha organização de ideias é pouca, então vou poupar o tempo dos leitores (vocês ainda existem?) com um resumo dos lugares e acontecimentos interessantes que ainda não relatei no blog.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mardi Gras - Mais orgulho, menos preconceito


Peter, eu, KK, Rafa, Robin, Fabi e Fê

No último sábado, dia 5 de março, aconteceu o Mardi Gras de Sydney, também vendido como "o carnaval australiano" e "a maior parada gay do mundo". Como tudo aqui é dito o maior, o melhor ou qualquer outro superlativo que engrandeça a nação dos cangurus, fui sem muita expectativa, mas devo dizer que é um evento realmente impressionante.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A quarter of a century... In Australia!

Ben, Michel, KK, Fê (escondidinha), eu, Robin, Fabi, Josi e Rafa

Minha primeira festa (realmente) surpresa, aos 25 anos e do outro lado do mundo. Não tenho muito a dizer, fora o meu MUITO OBRIGADO pra essa galera maravilhosa que conseguiu me enganar direitinho, em especial minha flatmate/melhor-amiga/irmã/esposa Josi, que me "desguiou" durante todo o dia, me encheu de comida no Pizza Hut e depois me colocou para dormir, tudo num plano audacioso para me proporcionar a surpresa da festa no The Royal George, um (ou uma?) dos (as) pubs mais legais de Sydney.

Josi, eu, KK, Carol, Fabi e Fê (agora não escondidinha, mas mascarada)

Muito obrigado Fabi, Fê e KK pela disposição em organizar tudo mesmo doentes e quase sem voz (como eu fiquei no final de tudo, não que eu me importe, porque foi uma noite pela qual valeu a pena perder a voz). Carol, Michel, Rafa e Robin, obrigado pela companhia sempre agradabilíssima. Nunca vou esquecer essa festa que incluiu shots de Wet Pussy (ui!), brigadeiros deliciosos e adereços festivos mais australianos impossíveis.
Who knows their names?

Ah, e claro... Meu agradecimento aos australianos avulsos que fizeram valer a sua fama de beberrões e se juntaram a nós para uma sessão de fotos apenas pelo shock value!

(Mais fotos depois do break)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The Sydney Beach Guide: Balmoral e Dee Why

A repercussão do Sydney Beach Guide é tão estrondosa que me sinto tentado a terminá-lo com todas as praias condensadas de uma vez, até porque o verão australiano continua aquela coisa bizarra: um dia de calor insuportável seguido de uma semana de tempestades. Para esses esparsos dias de sol, no entanto, fica a dica de duas praias pra lá de simpáticas em North Sydney: Balmoral e Dee Why.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

He took the midnight train goin' anywhere

Fê, Fabi, Rafa, Clarice, eu e Josi emulando o Leo Lima's Power

Mais despedidas. E se era pra ficar mais fácil conforme isso acontece, a regra definitivamente não se aplica a mim.